Manuel de Queiroz

O DEDO NA FERIDA

Sinopse

A acção de O Dedo na Ferida tem por cenário a Lisboa  dos anos oitenta, dividida entre uma acentuada decrepitude e o deslumbramento com a “democracia de sucesso” e a abertura à Europa.

Salvador, 40 anos, professor de filosofia num liceu dos subúrbios, ex-revolucionário, escritor nas horas vagas, passa pela primeira vez sozinho o Natal em Lisboa. Ocasião para um encontro inesperado e há muito adiado, pretexto para um ajuste de contas com o seu passado recente, mas sobretudo consigo próprio.

Uma história feita de destroços e desacertos, de explosões e de rupturas (amorosas, familiares, ideológicas…). Uma viagem caótica pela cidade, traduzindo o profundo desassossego da viagem interior. Caos e desassossego que só a escrita poderá vir a apaziguar…

 

OS PASSOS DA GLÓRIA

Sinopse

Aleixo de Queiroz Ribeiro, Conde de Santa Eulália, um escultor português com um percurso profissional e pessoal notável, no fim do Séc. XIX, princípios do Sec. XX, dividido entre lugares tão distintos como Paris, Lisboa, Sófia, Adis Abeba, Chicago, Filadélfia ou Nova Iorque, é a figura central de Os Passos da Glória.

O romance, baseado embora em factos e personagens reais, é assumidamente uma ficção, estruturada em duas narrativas que se alternam: uma, centrada na fase final da vida do protagonista, entre os Estados Unidos e o Minho, construída a partir de diferentes pontos de vista, não raras vezes contraditórios, que se cruzam sobre a sua figura controversa e paradoxal; outra, centrada nos anos de formação, entre Paris e Lisboa, a partir do olhar do próprio Aleixo.

Da efervescência finissecular de Paris ao convívio com a “high society” de Filadélfia e Nova Iorque, da devoção e empenho artístico dos primeiros anos a um assumido “dandismo” na idade madura, do reconhecimento público à detracção da crítica face às suas opções estéticas, da sensibilidade ao pragmatismo, da ambição à desilusão, Os Passos da Glória dramatiza de forma exemplar os conflitos e anseios de um homem carismático, controverso e mal compreendido, mas também as múltiplas contradições inerentes à época em que a narrativa se inscreve.

 

O LADO NEGRO DO VERMELHO

Sinopse

Um jovem jornalista vê-se subitamente confrontado com uma inquietante descoberta acerca das circunstâncias que rodearam a morte do pai ocorrida trinta anos antes, em pleno “Verão Quente” de 75. Disposto a esclarecer, custe o que custar, toda a verdade acerca daquilo que então aconteceu, lança-se numa metódica e exaustiva investigação que, inevitavelmente, o fará mergulhar fundo nos inúmeros conflitos, equívocos e contradições daquele conturbado período da “Revolução dos Cravos”. Isto, ao mesmo tempo que vai fazendo a cobertura de mais uma crise política, desta vez desencadeada pela surpreendente demissão do primeiro-ministro em exercício para ir ocupar um importante cargo europeu…

 

Este é o fio condutor de O Lado Negro do Vermelho, o novo romance de Manuel de Queiroz, uma narrativa sólida e bem estruturada, que se desenvolve com o ritmo e o suspense de um thriller jornalístico, inspirada em figuras e factos reais que se misturam com outros claramente ficcionais, numa trama complexa, onde é difícil, senão impossível, distinguir realidade e efabulação.

 

Manuel de Queiroz

Nota Bio-bibliográfica 03 Published Books

Manuel de Queiroz nasceu no Porto, em 1948. É arquitecto, sendo autor de numerosos projectos na área da arquitectura e do urbanismo.
É, desde 1987, consultor da Direcção Geral do Livro dos Arquivos e das Bibliotecas para a Rede Nacional das Biblioteca Públicas e para os Arquivos.
Entre 1982 e 2002 teve participação activa em vários órgãos de direcção da Associação dos Arquitectos Portugueses/Ordem dos Arquitectos.
Entre 1997 e 2001 foi membro eleito da Direcção Executiva do Conselho dos Arquitectos da Europa.
É sócio da Associação Portuguesa de Escritores.
É sócio do PEN Clube Português, tendo sido membro efectivo da respectiva Direcção entre 2012 e 2014.
De 1967 a 1974 publicou com regularidade poemas e contos em diversos jornais como o Diário de Lisboa, o República, o Comércio do Funchal, e revistas como & etc.
Em 1969 publicou o seu primeiro e único livro de poesia, intitulado Encontro, edição de autor.
O seu primeiro romance O Dedo na Ferida (Editorial Caminho, 2001) foi distinguido com o Prémio “P.E.N. Clube de Primeira Obra”.
O segundo, Os Passos da Glória (Bertrand Editora, 2008) foi finalista do “Prémio Fernando Namora”, tendo sido lançado em 2021 nos Estados Unidos da América (Ed. Pleasure Boat Studio) sob o título My Art And My Stetson.
O Lado Negro do Vermelho, (The Poets and Dragons Society,2024), é o seu terceiro romance.

Author's books

Editorial Caminho, 2001
Bertrand Editora, 2008
The Poets And Dragons Society, 2024
Pleasure Boat Studio, 2021