João Rasteiro

JOÃO RASTEIRO (Ameal-Coimbra, 1965 -): Licenciado em Estudos Portugueses e Lusófonos, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, é Técnico Superior na Divisão de Cultura, Município de Coimbra.  Membro dos conselhos editorias de várias revistas, integra desde 2019 a Direção do PEN Clube Português.

Com vasta obra, nomeadamente poética, tem poemas publicados em antologias e revistas em Portugal, Brasil, Itália, França, Espanha, País Baixos, Finlândia, Hungria, Rússia, Chéquia, USA, México, Argentina, Peru, Chile, Honduras, Nicarágua, Colômbia e Índia, possuindo poemas traduzidos para o espanhol, catalão, italiano, inglês, francês, neerlandês, checo, finlandês, húngaro, japonês, occitano, árabe e persa.

Entre diversos prémios, obteve o Prémio Literário Manuel António Pina (2010), Prémio César Vallejo 2020, (categoria Excelência Literária) e Prémio Literário Natália Correia (2023). Foi finalista (poesia) de diversos prémios, como o prestigiado Prémio Portugal Telecom de Literatura (Brasil, 2012).

Publicou 23 livros (Portugal, Brasil e Espanha): “A Respiração das Vértebras”, 2001; “No Centro do Arco”, 2003; “Os Cílios Maternos”, 2005; “O Búzio de Istambul”, 2008; “Pedro e Inês ou As madrugadas esculpidas”, 2009; “Diacrítico”, 2010; “A Divina Pestilência”, 2011; “Tríptico da Súplica”, 2011 (Brasil), “Pequeña Retrospectiva de la Puesta en Escena”, 2014 (Espanha); “Salamanca ou a Memória do Minotauro”, 2014; “Acrónimo”, 2015; “Ruídos e Motins”, 2016; “Poemas en punto de hueso”, 2017 (Espanha); “A Rose is a Rose is a Rose et Coetera”, 2017 (Espanha, 2024, Garvm Ediciones); “LEVEDURA”, 2019; “OFÍCIO Poesia: 2000 – 2020”, 2021; “INCENSO”, 2022 (Brasil), “As pedras que choram o Douro”, 2023 (Espanha); “SARDOAL”, 2023, (EUA, 2025, Bruma Publications) e “Escoriação”, 2024.

Em 2020 publicou o livro de contos “Governadores de Orvalho” e em 2023 o livro (entrevista ao poeta Álvaro Alves de Faria) “Como Arma Tenho A Palavra E O Peito Aberto” (Brasil). Em formato de edições especiais (colaboração com artistas plásticos) publicou “ELEGIAS”, 2011 e “Solstício de Dezembro”, 2014.

Em 2008 integrou a antologia “O Reverso do Olhar” – exposição Internacional de Surrealismo Actual. Em 2009 integrou o livro de ensaios “O que é a poesia?”, organizado pelo brasileiro Edson Cruz. Em 2010 integrou a antologia “Poesia do Mundo VI”, organizados pelo Grupo de Estudos Anglo-Americanos da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Em 2011 integrou o livro “Três Poetas Portugueses” (São Paulo), organizado pelo poeta Álvaro Alves de Faria. Em 2012 integrou a antologia de poesia portuguesa contemporânea “Corté la naranja en dos“, (México – compilação e tradução de Fernando Reyes da Universidade Nacional Autónoma do México).

Em 2017, integrou a antologia, “Voces de Portugal. Once poetas de hoy” (Espanha – tradução e coordenação de Pedro Sánchez Sanz). Em 2018, no âmbito da FIL – Feira Internacional do Livro de Guadalajara, integrou o número especial da revista literária Luvina, Universidade de Guadalajara, dedicado à literatura portuguesa.

Em 2009 e 2018 organizou antologias dedicadas à poesia portuguesa, respectivamente: “Poesia Portuguesa Hoje” (Colômbia) e “Aquí, en Esta Babilonia” (Espanha).

Em 2017, o grupo ‘Os Controversos’ (encenação e adaptação dramatúrgica de Ricardo Kalash) levou à cena a peça ‘A rose is a rose’, a partir do seu livro “A rose is a rose is a rose et coetera” (2017).

Tem participado em diversos festivais literários (essencialmente de poesia), tanto em Portugal, como no estrangeiro. Tem participação diversa (letras), em vários CDs de Fado (Canção) de Coimbra e fez figuração no filme A Bela América, do realizador António Ferreira, 2023.

João Rasteiro

Author A Poesia de João Rasteiro:

Em Rasteiro, o trajecto deste seu Ofício, balizado por marcos esparsos nos vários livros, assenta no reconhecimento de uma condição determinante, adiantada em estilo de divisa. Falho de armas e manhas, imobiliza-se neste limiar o poeta atirado ao mundo, e que na própria fragilidade esgravata um assomo de justificação.”
– Mário Cláudio (Escritor, Prémio Pessoa) –

“Todo o vocabulário escolhido por Rasteiro se encontra eivado de uma profunda religiosidade, produzindo-se um efeito ritualístico, em que a voz do poeta nos capta, de forma encantatória, como uma voz de sacerdote, a voz daquele que encena o ritual. O tom conclusivo dos textos apresenta-se como uma espécie de catarse: uma espécie de momento de aprendizagem, de momento de iluminação, que se encena uma e outra vez, num trabalho sobre a imagética nos faz pensar em metamorfose”.
– Graça Capinha (Universidade de Coimbra) –

“A poesia de Rasteiro, de forte inquietação metafísica, oscila entre ser réptil ou cometa, um corpo de palavras onde fecunda “um enorme vazio no [seu] coração”. Há momentos em que esses caminhos paralelos que a sua poesia percorre nos conduzem a uma exasperada e outras vezes é mais uma voz rasa, mais dura, a que assoma à página. O mundo em que grava a sua voz é por isso um mundo intrinsecamente literário, com alusões à história da poesia ou da cultura, enquanto é um mundo a querer libertar-se do real quotidiano”.
– António Carlos Cortez (Escritor, Prémio de Poesia Teixeira de Pascoaes) –

O projecto poético de Rasteiro: subverter a tradiçao que lhe dá o ser, pondo em causa a língua: a linguagem da Bíblia e as línguas várias da poesia – a ‘sublime blasfémia’ que é sempre, afinal, a poesia”.
– Maria Irene Ramalho (Universidade de Coimbra) –

Author's books